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terça-feira, 17 de agosto de 2010

CiDaDaNia ...


Consumo consciente deve ter início na infância

Por Erika de Souza Bueno*

A identidade de cada um de nós precisa ser trabalhada logo na nossa infância, pois esse é o método mais eficaz para não nos tornarmos adultos com pulso fraco, uma situação em que facilmente seremos ludibriados pela beleza do “ter” ou do “estar na moda”.

Se não começarmos a ponderar nossa mania de querermos ser iguais a todo mundo e, como primeiro sinal desse descontrole de conduta, começarmos a comprar as mesmas coisas que todo mundo compra sem pensar em nossa real necessidade, em pouco tempo iremos à falência e à frustração, pois desejos não controlados sempre prejudicarão os nossos bolsos e nosso comportamento.

Para que isso não se perpetue, o ideal será introduzir conceitos reais do valor do dinheiro às nossas crianças, que sofrem diariamente os reflexos de um consumismo exagerado e sem rédeas, sem ter a mínima noção do que é preciso saber e ponderar para uma boa administração dos próprios recursos.

Nossos pequenos não podem ser privados de tais conhecimentos, pois são indispensáveis para que o futuro de cada um deles seja menos conflituoso financeiramente do que é o nosso tão tumultuado presente, já condicionado pela ausência de orientações fundamentadas na prática direta com a realidade.

Isso não significa que nossos pais foram omissos. Na nossa infância, muitos de nós não tínhamos acesso a veículos de comunicação da forma como temos hoje. E praticamente não existia a possibilidade de financiar o pagamento de algo quando não se tinha dinheiro para a compra. Naquela época, só se comprava à vista. Hoje, financiamos em longos meses algo de que nem sempre precisamos. E esse consumismo nos impede de investir e de poupar.

Se a escola quer mesmo preparar o aluno para um mundo fora de seus muros, nada mais lógico do que oferecer a cada criança as orientações necessárias para que saiba administrar com consciência o seu próprio dinheiro, pois essas orientações a fará mais responsável e consciente no exercício da cidadania.

A educação econômica precisa ser inserida no currículo escolar, pois todas as crianças necessitam do acesso a noções de poupança, investimentos, consumo, financiamento de bens de consumo. Elas precisam de orientações tanto na escola quanto na família sobre como entender a sutil diferença entre o que é realmente necessário e o apenas se deseja comprar.

* Érika de Souza Bueno é editora e consultora-pedagógica de Língua Portuguesa do Portal Planeta Educação (http://www.planetaeducacao.com.br/portal/index.asp)

Anote aí ...


CURSO DE PRODUÇÃO EXECUTIVA

PARA O MERCADO FONOGRÁFICO

Agenda 2010

FORTALEZA, RIO DE JANEIRO, BRASÍLIA, RECIFE e SÃO PAULO

Conteúdo:

. Direitos de Autor e dos titulares conexos

. Planejamento artístico

. Planejamento financeiro

. Cálculo de royalties e advanceds

. Gravadoras, selos, artistas independentes e autônomos

. CDs, internet, telefonia celular e novos formatos

. Formalização de conteúdo – codificação ISRC

. Contratos, registros e controles

. Exigências legais e técnicas

. Sistema ECAD – Sociedades

. Arrecadação e distribuição de execuções públicas de obras e fonogramas

. Estratégias de mercado

. Cadeia produtiva e oportunidades do cenário digital

. FORTALEZA (CE) / Agosto 2010:

Feira da Música 2010

Oficina GRATUITA

Dia e horário: 20 de agosto (sexta-feira) – 14h às 17:30h

http://www.feiradamusica.com.br/programacao/encontro-internacional-da-musica/oficinas/

. RIO DE JANEIRO (RJ) / Setembro 2010:

Home Studio

Curso intensivo

Dias e horário: 12 e 13 de setembro (domingo e segunda) – 10h às 18h

http://homestudio.com.br/cursos/pex/

. BRASÍLIA (DF) / Setembro 2010:

Escola BSB Musical

Curso Intensivo e Módulo 2 (Prático)

Dias e horário – Intensivo: 25 e 26 de setembro (sábado e domingo) – 10h às 18h

Módulo 2 (Prático): 27 e 28 de setembro (segunda e terça) – à noite

http://www.bsbmusical.com.br/bsb/eventos_shows_fotos.aspx?audicao=324

. RECIFE (PE) / Outubro 2010:

Escola Espaço da Música

Curso Intensivo

Dias e horário: 23 e 24 de outubro (sábado e domingo) – 10h às 18h

http://www.espacodamusica.com/

. SÃO PAULO (SP) / Novembro 2010:

VOICE – Escola de Música

Curso Intensivo

Dias e horário: 06 e 07 de novembro (sábado e domingo) – 10h às 17h

http://www.voice.art.br/programaproducao.htm


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Anote aí ...

ECA: os horizontes de uma conquista

Por Paulo Castro*

Um projeto de lei de iniciativa popular chegou ao Congresso com mais de 1 milhão de assinaturas, expressando radicalmente a vontade da sociedade, e sua aprovação trouxe a esperança de construção de um Brasil mais justo e democrático. Não, não se trata do recém-promulgado projeto Ficha Limpa. Falamos aqui do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 20 anos, fazendo por merecer um amplo espaço na agenda de questões prioritárias para o país.

Consagrado quando ainda não se podia contar com a propagação veloz da internet, o ECA representou uma das mais importantes conquistas sociais brasileiras da última metade do século XX. Isso não aconteceu por acaso. Para avaliar sua influência nos rumos da nação, basta ver como parecem distantes as imagens que chocavam a sociedade à época da sua implementação. Eram tempos de reportagens que mostravam crianças famélicas e desnutridas. O trabalho infantil ainda era encarado com naturalidade. As filas varavam madrugadas na porta das escolas. Choramos pela chacina da Candelária.

O Brasil vive hoje um clima de otimismo, olha para o futuro com confiança e diminui sua dívida social. Mas há ainda um longo caminho a percorrer. É preciso reposicionar os ideais que nortearam a criação do ECA segundo a dinâmica do mundo contemporâneo e fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos, a começar da educação.

Sem dúvida, houve avanço nesse campo, como a universalização do ensino fundamental e a recente extensão do ensino obrigatório dos 4 aos 17 anos. Mas descobrimos, também, que tais conquistas não asseguram por si só a formação das novas gerações. Por isso, é urgente ampliar a compreensão do que significa a garantia de direitos, evoluindo da percepção temática segmentada para a da necessária articulação entre as cadeias ou redes de direitos fundamentais – saúde, educação, assistência social, proteção. Aí, sim, seremos capazes de oferecer às crianças e adolescentes plenas condições de exercício da cidadania, respeitando sua condição peculiar de pessoas em desenvolvimento.

Do mesmo modo, o direito à educação não pode mais ser entendido como existência de vagas nas escolas, mas sim como a prerrogativa inalienável de todas as crianças e adolescentes receberem uma formação de qualidade. Isso implica assegurar condições reais para que construam conhecimentos, competências, habilidades, valores e atitudes, apropriando-se de elementos da cultura e participando de um processo pedagógico voltado para o bem comum. Neste caso, mais uma vez a existência de um arcabouço legal mostrou-se como condição necessária, mas não suficiente. É preciso haver conscientização e compromisso de todos – governos, professores, famílias e comunidades. E é necessário trabalhar por isso.

Em especial para os adolescentes, ainda existe um vazio muito grande na oferta de serviços educacionais e profissionais. Menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos cursa o ensino médio, a educação profissional é restrita e as políticas de primeiro emprego são insuficientes para garantir a introdução do jovem no mercado de trabalho. Há um conjunto de lacunas no sistema que impede a quebra dos ciclos de pobreza.

No plano da legislação, há também questões novas e urgentes, como marcos legais específicos que façam frente à pedofilia e à pornografia na internet. Faz-se urgente avançar no tema da convivência familiar e comunitária, reduzindo o abrigamento de crianças e jovens. Devemos nos mobilizar para a melhor estruturação dos Conselhos Tutelares e dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, instâncias de participação social estratégicas para o cumprimento do ECA. Enfim, há muito a fazer.

Em um ano de eleições democráticas, é tempo de falar sobre o futuro do Estatuto da Criança e do Adolescente. Comemorar, sim, mas com os olhos nos grandes desafios que nossa democracia tem pela frente. Afinal, como diz um ensinamento cuja autoria se perde no tempo, o preço da liberdade é a eterna vigilância.

*Paulo Castro é economista e diretor-presidente do Instituto C&A

domingo, 15 de agosto de 2010

fique LiGaDo ...

PSICOTERAPIA GRÁTIS

A Faculdade Arthur Sá Earp Neto, em Petrópolis, inaugurou na cidade uma
'clínica social'
desenvolvida por alunos do curso de pós-graduação em Psicologia Clínica.

O serviço é gratuito e atende pessoas que não podem custear tratamentos psicológicos.

INFORMAÇÕES (24) 2231 1818