Páginas

quarta-feira, 14 de julho de 2010

CoMpARtilhE ...

Plásticos que se dissolvem no mar atuam a favor do meio ambiente


4630

Foto: Mink/Flickr

O PET, de garrafas de refrigerante, leva 200 anos para se dissolver na natureza

A prática de tornar os produtos amistosos ecologicamente, cada vez mais comum, é conseqüência da consciência ecológica dos consumidores. Isso vira motivo de pressão para que a indústria adote produtos menos agressivos ao ambiente. E um dos maiores poluidores é o plástico.

Alguns tipos de plásticos, como o PET, de garrafas de refrigerante, levam 200 anos para se dissolver na natureza. E eles são dos mais descartados incorretamente. Uma parte vai para lixões. Outra parte, para córregos, daí aos rios até chegarem aos oceanos. Há verdadeiras ‘ilhas’ de lixo plástico nos mares.

Atualmente, uma família urbana média no Brasil, com quatro pessoas, gera 2 toneladas de lixo por ano -- 12%, ou 240kg, são plásticos.

Para enfrentar o problema, cientistas americanos desenvolveram o chamado plástico oxi-biodegrádavel d2w. Ele se decompõe rapidamente na natureza e, após sua degradação, gera pequena quantidade de CO2 e biomassa. Ele pode ser degradado em água salgada. Desta forma, é possível reduzir a poluição do plástico no mar e evitar a contaminação e a morte de aves, peixes e animais.

Segundo esses cientistas, o processo de hidrólise (reação química de quebra de uma molécula por água) ocorre em apenas 20 dias e faz com que o plástico se decomponha em produtos que não prejudicam o meio ambiente. Tendência mundial que mostra como a tecnologia e os produtos ecorresponsáveis são eficientes.


segunda-feira, 12 de julho de 2010

CoMpARtilhE ...


PS: trabalhos realizados na Oficina de Reaproveitamento de Materiais

artesanato social

gerando renda

instrumento de inserção social, uma proposta de comércio justo e solidário

Esverdear, tornar sustentável, ecologizar ...

A importância da Educação Socioambiental


O mundo, como nossos pais e avós e nós próprios, adultos, conhecemos, mudou. As escolhas das gerações que nos antecederam, da era pós-industrial, aqueceram o planeta e as consequências desse aquecimento já começam a ser sentidos por todo o planeta, inclusive no Brasil. Além de tentar mitigar os problemas, precisamos também nos adaptar a esta nova realidade de um planeta mais aquecido, cuja tendência será aquecer ainda mais. E entre as consequências já previstas para as próximas décadas, o aumento do nível dos oceanos está entre os maiores danos à infra-estrutura urbana e rural nas cidades litorâneas.

Para fazer uma educação ambiental que seja compreendida por todos, precisamos antes perceber que não é por falta de conhecimento ambiental que as árvores são derrubadas, a fauna sacrificada ou o meio ambiente poluído. Os caçadores e desmatadores, por exemplo, possuem muito mais conhecimentos sobre ecologia, natureza e a vida silvestre que muitos ecologistas, mas usam esses conhecimentos para destruir e matar.

O problema é que não nos achamos como parte da natureza, por mais esdrúxula que essa idéia possa parecer. As pessoas possuem consciência ambiental, mas na maioria dos casos, esta consciência é distorcida, associando a natureza às plantas e animais, como se a espécie humana não fizesse também parte dela. Conceitualmente, nós, seres humanos, nos achamos os ‘donos’ do universo e nos colocamos em seu centro, como se tudo à nossa volta existisse para nos atender. Então, se aceita como natural a exploração deste mesmo universo, com tudo que o compõe, desde que seja para atender aos propósitos e desejos humanos. A visão de que o Planeta não nos pertence, que nós é que pertencemos ao Planeta não tem cabimento numa sociedade baseada no consumismo e, por isso mesmo, no materialismo, que valoriza o ter em vez do ser! O meio ambiente destruído não resulta de um conflito entre os humanos e a natureza, mas dos humanos com a sua auto-imagem.

E mais. Ao desmatar, queimar, poluir, utilizar ou desperdiçar recursos naturais ou energéticos, cada ser humano também está reproduzindo culturalmente o que aprendeu ao longo da história e cultura de seu povo. A ação destruidora não é um ato isolado de um ou outro indivíduo, mas reflete as relações culturais, sociais e tecnológicas de sua sociedade. Seres humanos explorados, injustiçados e desrespeitados em seus direitos, acham natural explorar outros seres vivos, como animais e plantas, considerados ‘inferiores’.

Falar sobre meio ambiente, principalmente para pessoas de baixa-renda, é falar sobre o esgoto a céu aberto, o lixo não recolhido, a água contaminada, etc. As questões ecológicas devem ser associadas à qualidade de vida, para que as pessoas se percebam como parte deste meio ambiente. Por mais sério que seja ninguém consegue ter a sensação de importância por uma coisa abstrata, fora de sua realidade. Antes de se importar com a sobrevivência das outras espécies, a pessoa precisa estar consciente de sua própria importância, sua capacidade de interferir no meio ambiente e de agir como cidadão.

Ghandi afirmava que “Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã”. Então, é só querer arranjar um jeito para fazer em vez de continuando a encontrar desculpas para não fazer.

domingo, 11 de julho de 2010

Anote aí ...



'É dia de feira, quem quiser pode chegar ... '

FEIRAS ORGÂNICAS
1) Flamengo - Pça. José de Alencar, esq. Mqs. de Abrantes c/ São Salvador (terça-feira)
2) Botafogo -
Pça. Jóia Valansi, rua Miniz Barreto em frente ao 448 (sábado)
3) Cobal Humaitá -
Voluntários da Pátria 448 (todos os dias)

4) Glória -
Pça. do Russel (sábado)
5) Orgânica do Itanhangá -
Est. da Barra da Tijuca 1990

A CARTA DA TERRA

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-o
pela renovação do espírito, para chegares a conhecer qual
é a vontade de Deus, a saber, o que é bom,
agradável e perfeito.”

Rm 12, 2

“Mas, por onde eu devia começar? O mundo é tão vasto,
começarei com meu país, que é o que conheço melhor.
Meu país, porém, é tão grande. Seria melhor começar com
minha cidade. Mas minha cidade também é grande.
Seria melhor eu começar com minha rua. Não: minha casa.
Não: minha família. Não importa, começarei comigo mesmo.”


A terra é o nosso lar e o lar de todos os seres vivos. A própria Terra está viva, fazemos parte de um universo em evolução. Os seres vivos são membros de uma comunidade de vida interdependente dotada de uma diversidade magnífica de formas de vida e de culturas. Sentimo-nos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos da reverência à vida e às fontes do nosso ser. Damos graças pela herança que recebemos das gerações passadas e abraçamos nossas responsabilidades para com as gerações presentes e futuras.

A comunidade da Terra vive um momento de definição. A biosfera é governada por leis que desprezamos a nosso risco. Os seres humanos adquiriram a capacidade de alterar radicalmente o meio ambiente e os processos de evolução. O tecido da vida e os alicerces da segurança local e global são ameaçados pela falta de visão e pelo mau uso do conhecimento e do poder. Há muita violência, pobreza e sofrimento em nosso mundo. Uma mudança fundamental em nossa rota se faz necessária.

A escolha está diante de nós: cuidar da Terra ou participar de nossa auto-destruição e da destruição da diversidade da vida. É preciso reinventar a civilização industrial tecnológica e encontrar novas formas de equilíbrio entre o indivíduo e a comunidade, o ter e o ser, a diversidade e a unidade, o curto prazo e o longo prazo, o gastar e o nutrir.

Em meio a toda nossa diversidade, somos uma humanidade e uma família Terra com um destino comum. Os desafios que defrontamos impõem uma visão ética abrangente. É imperioso forjar parcerias e promover a cooperação nos níveis local, bioregional, nacional e internacional.

De forma solidária entre todos e com a comunidade de vida, nós, os povos do mundo, ao abraçarmos os valores desta Carta, poderemos formar uma família de culturas que permita o pleno desenvolvimento do potencial de todas as pessoas em harmonia com a comunidade da Terra. Temos de manter viva a fé nas possibilidades do espírito humano e um profundo senso de pertencimento ao Universo. Nossas melhores ações hão de concretizar a integração do conhecimento com a bondade.

Princípios

RESPEITAR a Terra e toda vida. A Terra, toda formada de vida e todos os seres vivos possuem um valor intrínseco e têm direito ao respeito, sem levar em conta seu valor utilitário para a humanidade.

CUIDAR da Terra, protegendo e restaurando a diversidade, a integridade e a beleza dos ecossistemas do planeta. Onde houver risco de dano grave ou irreversível ao meio ambiente, uma ação preventiva deve ser adotada a fim de evitar prejuízo.

VIVER de modo sustentável, promovendo e adotando formas de consumo, produção e reprodução que respeitem e salvaguardem os direitos humanos e a capacidade regeneradora da Terra.

INSTITUIR justiça e defender, sem discriminação, o direito de todas as pessoas à vida, à liberdade e à segurança pessoal, dentro de um meio ambiente adequado para a saúde e bem-estar espiritual. As pessoas têm direito à água potável, ar puro, solo não contaminado e à segurança alimentar.

COMPARTILHAR eqüitativamente os benefícios do uso dos recursos naturais e de um meio ambiente saudável entre as nações, entre ricos e pobres, homens e mulheres, e gerações presentes e futuras, internalizando todos os custos ambientais, sociais e econômicos.

PROMOVER o desenvolvimento social e sistemas financeiros que criem e mantenham meios sustentáveis de subsistência, erradiquem a pobreza e fortaleçam as comunidades locais.

PRATICAR a não-violência, reconhecendo que a paz é o todo criado por relações harmônicas e equilibradas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras formas de vida e com a Terra.

FORTALECER processos que capacitem as pessoas a participar efetivamente no processo decisório e que assegurem a transparência e o dever da prestação de contas no exercício do governo e na administração de todos os setores da sociedade.

REAFIRMAR que, às populações nativas e tribais, cabe um papel vital no cuidado e proteção da Mãe Terra. Elas têm direito a preservar sua espiritualidade, seus conhecimentos, terras, territórios e recursos.

AFIRMAR que a igualdade de gênero é um requisito do desenvolvimento sustentável.

ASSEGURAR o direito à saúde sexual e reprodutiva, com preocupação especial para com as mulheres adultas e jovens.

PROMOVER a participação dos jovens, na qualidade de agentes responsáveis de mudança, visando à sustentabilidade local, biorregional e global.

FAZER avançar e aplicar o conhecimento científico e de outras naturezas, bem como tecnologias, que promovam meios de vida sustentáveis e protejam o meio ambiente.

ASSEGURAR que todas as pessoas tenham, ao longo de sua existência, oportunidades de adquirir o conhecimento, os valores e as habilidades práticas necessárias para criar comunidades sustentáveis.

TRATAR todas as criaturas com bondade e protegê-las da crueldade e do aniquilamento arbitrário.

NÃO fazer ao ambiente dos outros o que não queremos que façam ao nosso.

PROTEGER e restaurar áreas de extraordinário valor ecológico, cultural, estético, espiritual e científico.

CULTIVAR e praticar um sentimento de responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da comunidade da Terra. Toda pessoa, instituição e governo tem o dever de promover metas indivisíveis de justiça para todos, sustentabilidade, paz mundial, respeito e cuidado para com a comunidade de vida mais ampla.

* Texto extraído do Jornal Estado Ecológico, Edição: Toda Lua Cheia, número 48, de 24/03/98.