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sexta-feira, 1 de abril de 2011

CoMPaRTiLhANdO ...

detalhamento: entrega de cestas básicas - março - Aninha, se diverte, afinal é uma menina limpinha!

Agradecemos aos que participam e possibilitam esses dias ...
Percebe-se o poder de realização coletiva quando saltamos do individualismo para a consciência da cooperação. E estimulamos a criatividade, a empatia, o diálogo grupal, o apoio mútuo, a confiança, a organização caótica, a resolução de problemas e a disposição para realizar o (im)possível.

quarta-feira, 30 de março de 2011

CoMPaRTiLhE ...

Cada um ajuda como pode Não importa se você tem só 1 real ou uma hora do seu dia por semana para doar. Faça alguma coisa Roberto Valverde A irmã Paolina Doninelli trabalhou num leprosário na Grande São Paulo durante 41 anos. Enfermeira voluntária na II Guerra, na Itália, ela desde então dedica sua vida a ajudar o próximo. A irmã tratou de centenas de doentes, viu crescer os filhos de muitos deles e educou boa parte dessas crianças no orfanato que fundou para recebê-las. Hoje há 420 meninos e meninas na Associação Santa Terezinha. A freira também ajuda a dirigir outras instituições das quais é consultora, como um pensionato para oitenta idosos, o Núcleo Cultural Infantil Stella Maris, onde estudam 130 crianças faveladas, e o Parque Infantil Santa Terezinha, que atende 230 filhos de portadores de doenças graves. Paolina Doninelli faz o bem diariamente, o dia todo. Há 22 anos, o nascimento de Mariana mudou a vida do empresário paulista Rogério Amato e de sua mulher, a educadora Glória Maria. Mariana nasceu com síndrome de Down, uma alteração cromossômica que acarreta deficiência física e mental. Não raramente, por falta de informação, as famílias costumam transformar os doentes em prisioneiros dentro de casa. Muitos pais não sabem como lidar com a situação. No caso da família Amato, as coisas correram de outro modo. É que a descoberta da síndrome levou Rogério e Glória Maria a entrar no universo da filantropia num grau de envolvimento que lembra o da freira italiana. Rogério chegou a presidir a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), uma das maiores entidades filantrópicas do país, hoje com quase 2 000 unidades em 26 Estados. Recentemente, o empresário liderou o movimento de criação da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), cuja missão é lutar por uma sociedade que dê oportunidades amplas a portadores de deficiências, doentes e carentes. Quando apresentada a histórias como a da irmã ou a do empresário, muita gente pode ficar com a impressão de que o mundo da filantropia requer dedicação total. Será que só deve envolver-se em projetos sociais quem mergulha neles de corpo e alma com essa dose admirável de empenho? Não é nada disso. Se a filantropia fosse depender unicamente da ação daqueles que se dedicam como esses dois exemplos, o Brasil jamais reuniria 20 milhões de voluntários. Cada um faz o que pode, e isso já é suficiente para amarrar os nós da imensa rede que ampara e protege milhões de pessoas. Nada de stress. O grau de envolvimento dos voluntários deve respeitar a disponibilidade e a vontade de cada um. Ninguém deve ficar ansioso por não conseguir (ou mesmo não desejar) entregar à tarefa mais de duas ou três horas por semana. A apresentadora Xuxa Meneghel não permanece muito tempo ao lado dos mais carentes, já que sua agenda profissional não permite. Aos mais pobres ela entrega algo tão valioso quanto seu tempo: a própria imagem. Além de promover diversas campanhas filantrópicas, Xuxa colabora com 700 000 reais por ano para garantir a escola de mais de 200 crianças em uma fundação que leva seu nome. A Fundação Xuxa Meneghel também garante atendimento dentário e psicológico às crianças. Acontece algo parecido com o escritor Paulo Coelho, que mantém um instituto com seu nome e destina 36 000 reais mensais a atividades filantrópicas. Sem muito tempo livre, ele só comparece uma vez por mês ao Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, para visitar uma escola que ajuda a sustentar. Em geral, o que define a taxa de envolvimento é o objetivo definido pelo voluntário. A maior parte das pessoas, dizem os estudos a respeito, quer ajudar "alguém" de "alguma forma". Ou seja, não tem clareza quanto à missão que gostaria de desempenhar. Não é o caso da irmã Paolina, que tenta superar seus limites a todo instante. Não satisfeita com a centena de crianças que depende dela, a irmã já recolheu meninos e meninas de rua que encontrou dormindo sob viadutos da cidade. "São todos meus filhos", diz. Para garantir a educação da meninada, cedeu parte de um terreno que lhe pertencia para que o Estado construísse uma escola. As verbas do governo federal repassadas pela prefeitura não cobrem 20% de suas despesas. A diferença é obtida com colaboradores que conhecem a associação e com eventos beneficentes organizados por voluntários, além do apoio de algumas empresas. Ocorre o mesmo com a família Amato, que teve determinação para dar a Mariana uma vida normal. E o que aconteceu? Mariana já foi atendente numa lanchonete e agora cuida dos arquivos e da correspondência de um estúdio de arquitetura. Tem um namorado, também portador da síndrome de Down, funcionário de um escritório, e vai muito bem em suas aulas de pintura. Fez isso tudo graças à Apae e, principalmente, a gente como seu pai, Rogério, capaz de enfrentar preconceitos, em vez de ampliá-los.