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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Viva o 05/06 - Dia do Meio Ambiente !


Reduzir

Reduzir significa avaliar tudo que consumimos atualmente, avaliar o que é importante e o que é absolutamente supérfluo e procurar reduzir estes últimos, além de verificar a qualidade do que se compra e se sua quantidade é suficiente ou exagerada. Um exemplo muito bom são certos chocolates finos. Se você for a uma loja verá que eles são caríssimos mas perceba a quantidade de material para a embalagem eles utilizam! Uma embalagem bonita pode fazer o chocolate valorizar 30% ou 40%, sendo que seu gosto não será alterado em nada. Toda esta embalagem acaba indo parar no lixo.

Outro exemplo muito bom são os celulares. Trocar um celular que funciona perfeitamente todo ano apenas porque um novo modelo surgiu no mercado com uma nova função X ou Y que você provavelmente nunca usará ou com um visual diferente me parece tão absurdo quanto a quantidade de lixo eletrônico que a cada ano surge, lixo este composto por baterias e materiais que liberam componentes altamente tóxicos no ambiente, além da exploração de jazidas, que no caso de muitos componentes já estão se esgotando. Estima-se que a cada ano, só em São Paulo, são 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico e a maior parte deste lixo é lançado sem nenhum tipo de critério na natureza.
A quantidade do que se compra também é importante. Não adianta lotar a geladeira de compras, ou por medo de que falte ou por causa da promoção, pois geralmente uma boa parte se estraga e vai para o lixo. Compre em quantidades que você saiba que conseguirá consumir e não faltará nem sobrará. A qualidade dos produtos também é importante pois muitas vezes comprar aquele produto em oferta mas de “origem duvidosa” resulta em desastre, ou porque ele não dura muito ou porque é tão ruim que você se vê obrigado a joga-lo fora!

Falar então em reduzir significa rever o que é importante para o nosso consumo, sua quantidade e o que é muitas vezes apenas uma maneira de nos impor na sociedade como status. Reduzir será uma das tarefas mais difíceis dos três R's.


Reutilizar

Lembra daqueles copos de requeijão que acabavam fazendo parte dos utensílios domésticos? Este é um exemplo clássico da reutilização. Reutilizar significa dar um novo uso para as coisas, evitando que estas virem lixo. Reutilizar os potes de margarida como recipientes para congelar alimentos, utilizar canecas rachadas como míni vasos, fazer sacolas utilizando garrafas PET, aproveitar os dois lados das folhas de papel são algumas idéias da reutilização de materiais.
Mas quem pensa que reutilizar coisas é algo “démodé” ou brega está redondamente enganado. Vários ateliês já utilizam o conceito de reutilização para desenvolver novas peças, tanto decorativas quanto utilitárias. Se você der uma volta na Vila Madalena (SP), por exemplo, vai encontrar vários ateliês que trabalham com este tipo de material. Uma idéia que também pode render uma graninha extra e ainda evitar mais produção de lixo.

Mas a reutilização não é exclusiva dos materiais e embalagens. A água é outro elemento que deve ser reutilizado. A água que sobra da lavagem das roupas, por exemplo, pode ser utilizada para lavar o quintal, a água da lavagem dos vegetais pode ser reaproveitada para regar o jardim ou os vasos de plantas e a coleta da água da chuva também pode ser usada para lavar o carro, quintal e regar as plantas. Apenas lembre-se de tampar bem os recipientes à fim de evitar criadouros para o mosquito da dengue.
Ainda falando sobre a água, a Sabesp, que em São Paulo distribui e trara a água, possui estações que convertem o esgoto em água chamada de reuso, ou seja, é uma água que ainda não pode ser consumida mas que tem quase que toda a sujeira retirada e serve para inúmeros usos comerciais e industriais. Apesar de mais barata que a água tratada, da água de reuso fornecida pela Sabesp apenas 5% é consumida por indústrias e comércio.
O reaproveitamento dos alimentos pode se dar pela utilização das sobras para se fazer adubo orgânico ou mesmo utilizar partes que antes eram jogaras fora, como as cascas de batata, banana, talos de legumes e etc. em receitas inusitadas e diferenciadas.
Este link do “Banco de Alimentos” traz muitas idéias interessantes para o reaproveitamento de alimentos.

http://www.bancodealimentos.org.br


Reciclar

Finalmente chegamos ao último dos R's, mas nem por isto o menos importante. Reciclar todo mundo já sabe o que é, e aliás, aqui no site existem textos que falam mais detalhadamente sobre isto. Reciclar é a solução para aquilo que não pode ser reutilizado e mesmo dependendo do tipo de material a reciclarem ainda não é a solução. Mas reciclar envolve uma rede um pouco maios, pois para isto precisamos primeiro de postos de coleta que destinem corretamente o material, depois precisamos da conscientização das pessoas para recolherem separarem e levarem até os postos o lixo que pode ser reciclável.

Conclusão

Em resumo os três R's são um conceito muito importante, tanto para termos em mente quanto para exercitarmos. Eles não estão nesta ordem à toa.
A idéia é reduzir ao máximo a produção de lixo para evitar, além da degradação do ambiente pela extração dos materiais, evitar a degradação também pelo depósito do lixo gerado. Para isto devemos atacar as duas pontas da cadeia, a produção (envolve comprar menos e melhor) e a destinação (envolve transformar o lixo em novas coisas).
Reduzir, Reutilizar e Reciclar, apesar de ainda hoje serem atitudes voluntárias de algumas pessoas, já dão mostras de serem as atitudes inevitáveis a se seguir no futuro. A escassez de material para se produzir, a poluição do ar e da água, a falta de energia e outros fatores nos estão levando a um caminho que a muito já havíamos esquecido, o de que tudo um dia acaba, por maior que seja sua quantidade.

AMANHÃ ... 05/06 ... 1/2 Ambiente

Como fazer aquecedor solar caseiro


como fazer aquecedor caseiro

Materiais e passo-a-passo de como fazer aquecedor solar caseiro


Reciclagem e sustentabilidade são palavras muito importantes nos dias atuais, já que nosso planeta precisa do cuidado de todos para continuar existindo. Por menores que sejam as nossas iniciativas, elas podem repercutir em grandes benefícios para o planeta. Um casal de idosos, do interior de santa Catarina, provou isso inventando um aquecedor solar caseiro.

A invenção trouxe diversos benefícios como a reciclagem de materiais e, é claro, ajudou bastante a diminuir o gasto doméstico com aquecedores elétricos. Os resultados foram instantâneos, no fim do mês não só a conta de energia veio baixa, como diversas garrafas pet deixaram de ser jogadas no lixo. Interessado em seguir esse belo exemplo e construir você mesmo seu aquecedor caseiro para aproveitar a energia vinda dos raios solares? Aqui vão algumas informações prévias e links.

O processo de construção é simples e barato. Você necessitará de garrafas PET, conexões de cano PVC e embalagens de leite (leite em caixinha). A construção exige certa capacidade artesanal, mas nada que alguém comum não possa fazer. Existe um amplo e prático conteúdo passo-a-passo de como funciona e como fazer aquecedor solar caseiro. Lembrando, existem modelos mais e menos elaborados, a complexidade e dificuldade vai depender muito da capacidade que você quer que seu aquecedor tenha.

Mãos a massa!


quarta-feira, 2 de junho de 2010

CoMpARtilhE ...



Dia do Meio Ambiente – Cuide dos seus pets com produtos ecologicamente corretos

A cada dia cresce o número de pessoas apaixonadas por animais de estimação. Elas procuram agradar o bichinho em tudo e mimam até não poder mais. O mais importante é que é possível unir o cuidado com seu pet com produtos de primeira qualidade e ainda assim, preservar o meio ambiente e evitar o aumento da poluição. Ter a preocupação de escolher produtos ecologicamente corretos faz toda a diferença para o planeta.

A Dog’s Care é uma marca amiga da natureza e só produz artigos que minimizam o impacto gerado ao meio ambiente. A empresa começou fabricando fraldas para cachorro, feitas com plástico 100% biodegradável. O objetivo da empresa é criar consciência ambiental e estimular a compra de produtos que não agridem a natureza. As fraldas evitam que os pets sujem as calçadas, parques ou qualquer outro lugar. O xixi deixado por aí causa inúmeras doenças e suja as cidades.

A empresa também fabrica as sacolinhas para recolhimentos de fezes, feita com plástico 100% biodegradável como forma de conscientizar os donos.

O desenvolvimento de produtos sustentáveis não para de crescer e hoje a empresa conta com vários itens em seu catálogo que inclui fraldas, biobags, produtos para higiene da casa e do animal, kit viagem composto por uma bolsa de transporte feita com lona reciclada de garrafa pet ou ecojuta certificada, ela vira uma pequena cama e vem com uma necessaire exclusiva para levar os acessórios de viagem, um bebedouro e um comedouro portáteis, um porta ração de 1kg, uma Biobag (sacolinhas higiências) e mais um Guia de Viagem no verso da embalagem que visa a não geração de lixo, bolsa prática feita de lona de caminhão e assinada pela Gabi da grife Maria Buzina, entre outros.

Mensagem da empresa - A natureza é de fundamental importância para todos os seres vivos, pois é a fonte de todas as riquezas que nos alimenta e fornece todos os produtos necessários à vida. Devemos preservar totalmente a sua beleza e o ambiente que a cerca, para que um dia nossos filhos a conheçam da forma que ela deve ser: linda, limpa e ainda inteira. Para isso, basta incorporar em nosso cotidiano a razão e a emoção nas questões ambientais como prioridade. É uma ação solidária com nós mesmos e com o ambiente que nos envolve. Precisamos urgentemente de um modelo de sociedade que valorize a relação de equilíbrio com o meio ambiente, só assim poderemos construir uma nova sociedade ambientalmente sustentável.


CONSUMO...

Empresas apostam em ações para beneficiar o Meio Ambiente

A palavra sustentabilidade está atrelada hoje a uma visão moderna, consciente e vitoriosa de grandes empresas. Esse conceito está embasado em ações muito mais profundas do que a boa saúde financeira de uma organização. A crise ambiental existe e possui uma dimensão imensa, que traz ao mundo incertezas e novos desafios relacionados à nossa própria sobrevivência.

Apesar de ser uma questão muito complexa, as empresas precisam incorporar esse conceito dentro do seu DNA, transformando as ações sustentáveis como parte de sua cultura organizacional, abrangendo missão, visão, valores e estratégia em todos os níveis hierárquicos.

Seguindo esse conceito, empresas do bem estão no mercado e garantem: o marketing ecológico além de beneficiar o mundo traz bons resultados para os negócios.

Segundo dados do Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, 46% das corporações brasileiras só contratam fornecedores que seguem procedimentos de gestão ambiental.

A Monavie, empresa americana de forte atuação no Brasil, que produz uma bebida feita de frutas tipicamente brasileiras como açaí, romã, cupuaçu, entre outras, estabeleceu uma regra para a fabricação de seus produtos: todos seus fornecedores devem seguir rigorosamente as leis do meio ambiente e ainda ter total comprometimento com a sustentabilidade. “Essa é uma das prioridades da empresa, em respeito e admiração pelo Brasil, aliados ao comprometimento socioambiental com o país”, afirma Maurício Patrocínio, diretor geral da Monavie no Brasil.

Todo açaí utilizado mundialmente é proveniente da Amazônia e processado por parceiros locais. A empresa não possui terras ou fábricas próprias no Brasil. Ela estimula a colheita sustentável dos frutos e a parceria com cooperativas da região, buscando oferecer oportunidades à população local.

Ainda de acordo com o DMA, 48% das empresas dispõem de projetos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, e 42% já utilizam fontes renováveis de energia.

Exemplo é a Sanavita, indústria que se destaca no segmento de alimentos funcionais, há 25 anos no mercado e como projeto principal para 2010 está o investimento em ações para beneficiar o meio ambiente.

A empresa, que pretende faturar R$15 milhões este ano, investiu mais de R$1,5 milhão no planejamento de comunicação e marketing e como principal ação modificou todos os rótulos e embalagens de plástico para lata de aço, 100% sustentável, em benefício ao meio ambiente.

A lata de aço é o material mais reciclado do mundo, e tem o tempo de decomposição de cerca de 10 anos. Por isso hoje é a melhor opção para embalagem. Ela é reciclável, reutilizável, possui menos tempo de decomposição se comparado ao alumínio, vidro e plástico e ainda emite nível menor de gás carbônico no seu processo de fabricação.

“Investir apenas na alimentação correta não basta. Como nossa principal missão é promover bem estar e qualidade de vida, nada mais coerente do que incluir em nosso planejamento mudanças em benefício à natureza”, afirma Thiago Salgado, diretor da Sanavita.

Com o objetivo de desenvolver uma atividade econômica ecologicamente sustentável a Nativ Pescados, localizada na região de Sorriso – MT, inaugurou em abril deste ano a Fundação Nativ Amazônia Sustentável.

A cada pacote da linha de produtos vendida ao consumidor brasileiro a fundação recebe R$0,05 (cinco centavos de real). Segundo o presidente executivo da empresa, Pedro Furlan Uchôa Cavalcanti, os principais objetivos com essa iniciativa são viabilizar a produção industrial sustentável das espécies de peixes amazônicos visando o desenvolvimento econômico da região, gerar riqueza, emprego e renda, desenvolver uma atividade que evite o desmatamento, produzir um custo de produção competitivo e finalmente aproveitar o grande potencial hípico da região. A expectativa é que no primeiro ano a Fundação receba cerca de R$ 34 milhões, além de reflorestar 1250 hectares e plantar mais de 1.400.000 mudas.

A Nativ Pescados está no mercado desde outubro de 2008 e comercializa peixes de alto padrão congelados, entre eles o Tambaqui, Pintado da Amazônia, Surubim, Tilápia e o Camarão. “Compreender a complexidade da sustentabilidade será o principal fator de sucesso do século XXI para todas as organizações”, finaliza o presidente.


ATENÇÃO ...


+ um Dia do 1/2 Ambiente chegando
sábado, 05/06

(cuide bem do seu amor,
seja quem for...)


VITAMINA NUTRITIVA DE MAÇÃ (sem glúten)

Ingredientes:
1 maçã grande sem casca e picada
1 copo de iogurte natural
1 colher (sopa) de quinoa em flocos
2 colheres (sopa) de mel


Modo de preparo:
Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata até ficar homogêneo. Sirva a seguir.

Rendimento: 1 porção



Fique Por Dentro ...

Central de Atendimento ao Trabalhador (CAT) volta a funcionar e vai oferecer cerca de 500 vagas por semana

Portas abertas para o TRABALHO

COMO CHEGAR
A CAT-RJ fica na Rua Chaves Faria 260, em São Cristovão.
Diversas linhas de ônibus passam próximo - 209 (Pça. XV-Caju), 277 (Rocha Miranda-Pça. XV), 312 (Olaria- Pça. Mauá), 473 (São Januário-Lido), 474 (Jacaré-Jardim de Alá), 634 (Saens Pena-Freguesia) e 665 (Pavuna- Saens Pena).

ATENDIMENTO
A central funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
No salão principal, são 24 guichês com atendentes treinados, mais 7 pontos de atendimento no primeiro andar.
Há ainda 6 postos de autoatendimento, com 2 funcionários para auxiliar os cidadãos.
No local, há um auditório com capacidade para mais de 90 trabalhadores.
A CAT contará também com 2 automóveis que vão até os trabalhadores.

O QUE LEVAR
É preciso levar carteria de trabalho, número do PIS (caso não conste da carteira de trabalho), identidade ou outro documento com foto.
De posse da carteira de trabalho, os funcionários da CAT poderão verificar as experiências do trabalhador e incluí-las no currículo.

ONLINE
O site www.catrj.org.br já está no ar.
Por meio dele, o trabalhador terá acesso ao Sigae Web, sistema do Ministério do Trabalho que oferece serviços antes disponíveis apenas nos postos do Sistema Nacional de Emprego (SINE).
O trabalhor poderá consultar seu cadastro e as oportunidades abertas.




segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tá CheGando a HoRa ...



VOCÊ NÃO PODE FALTAR!

Esverdear, tornar sustentável, ecologizar ...

O adjetivo

Verde, sustentável, ecológico são adjetivos usados para qualificar várias situações. Enquanto as questões ambientais se concentravam na atenção para com os vegetais, árvores, parques, a elas se associou a cor verde: economia verde, partido verde, empregos verdes, tecnologias verdes, combustíveis verdes, energia verde; marketing verde. Ocorre, entretanto, que há agendas ambientais com várias cores: a agenda azul cuida das águas; a marrom combate a poluição ambiental; a verde trata da biodiversidade, das florestas, das unidades de conservação; a vermelha focaliza as questões socioambientais e a agenda branca aborda os aspectos institucionais da gestão ambiental.
Reduzi-las à cor verde é empobrecer o conceito e as múltiplas possibilidades de ação e ele associados.

O adjetivo sustentável hoje se aplica a tudo – desenvolvimento sustentável, economia sustentável, crescimento sustentável, planeta sustentável, mundo sustentável, agricultura sustentável, arquitetura e construção sustentáveis, turismo sustentável, propaganda sustentável; design, embalagem, mobilidade, sociedade, cidade, aldeia, empreendimento sustentáveis; idéia, visão, projeto, futuro, conversas sustentáveis. No Google há mais de cinco milhões de entradas para essa palavra; em inglês há mais de 60 milhões para sustainable e 30 milhões para sustainability. Aplicado a qualquer coisa, torna-se veículo de confusão e pouco esclarece. O desenvolvimento sustentável (conceito que se disseminou a partir de 1987) não equivale ao ecodesenvolvimento (usado na conferência de Estocolmo em 1972). O prefixo eco, presente no ecodesenvolvimento, se perdeu à medida que se disseminava a noção de sustentabilidade. O tripé clássico da sustentabilidade (economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente prudente ou inofensivo) não abarca a riqueza e diversidade trazidas pela dimensão ecológica.

O ecológico aos poucos se insere na consciência e na ação. Somos ainda uma espécie com rudimentar consciência ecológica, ecoanalfabeta e ecoalienada, que conhece pouco sobre ecologia e menos ainda como aplicar o pensamento e os valores ecológicos em suas práticas. Há grande diferença entre o atual homo sapiens e o ainda virtual homo ecologicus. As civilizações ainda têm um longo caminho a percorrer no que se refere à consciência ecológica e sua tradução em ações. A ecologia extrapolou sua origem nas ciências biológicas e significa mais do que o estudo de bichos e plantas em sua relação com o ambiente.
As ciências ecológicas hoje se desdobram em dezenas de campos, da ecologia econômica à social, da ecologia energética à ecologia do ser. Ser ecologicamente consciente implica em ser economicamente viável (ecologia econômica) e o que é socialmente justo (ecologia social); além disso, implica em ser energeticamente eficiente (ecologia energética), culturalmente criativo (ecologia cultural), industrialmente convergente (ecologia industrial), cosmicamente integrado (ecologia cósmica), pessoalmente saudável (ecologia do ser, pessoal), comportamentalmente responsável (ecologia do cotidiano, ecologia da ação), ética e espiritualmente elevado (ecologia transpessoal), filosoficamente consistente (ecologia profunda). Essas dimensões e outras mais estão presentes na consciência ecológica integral e tem implicações praticas.
Assim, por exemplo, a ecologia energética oferece subsídios para a adoção de dietas alimentares vegetarianas. A ecologia cósmica oferece elementos para inserir a história humana e a história da terra na história do universo. E assim por diante. O biogeógrafo canadense Pierre Dansereau propõe ser preciso voltar aos fundamentos ecológicos e, com lucidez, clarear equívocos conceituais. Para avançarmos teoricamente e termos um modelo mental orientador da ação prática, é preciso resgatar a dimensão ecológica em seu significado integral.

O verbo

Esverdear, tornar sustentável e ecologizar são verbos que expressam o modo de ação amigável e a mudança no tipo de relacionamento do ser humano com o ambiente.
Esverdear (to green) a economia, os partidos, os empregos, evoca uma postura maquiadora, um tratamento superficial de questão e que exclui abordagem mais profunda; o que claramente não suficiente diante da magnitude da crise ambiental atual.

Tornar sustentável transmite uma conotação de permanência, de continuidade, de perdurar no tempo; como se fosse possível dar sobrevida a algo se encontra em estado terminal, afastando rupturas e mutações radicais.

Ecologizar é aplicar os conhecimentos das ciências ecológicas e a sabedoria da consciência ecológica às ações humanas. O uso desse verbo se iniciou de forma tímida e envergonhada, entre aspas. No livro O Verde é negócio, Hans Jöhr mencionava a “ecologização” da empresa, do escritório, da fábrica, do processo, do comércio internacional. À medida que nos tornamos ecoalfabetizados e que superamos nossa ignorância sobre o que é a ecologia, esse termo fecundo e includente é incorporado aos dicionários e torna-se mais compreensível. Para além do esverdeamento ou de tornar algo sustentável, ecologizar é um verbo que expressa a ação necessária nesse contexto de crise climática e ambiental e de mega crise da evolução.

Maurício Andrés Ribeiro