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terça-feira, 13 de março de 2012

... Para Refletir ...


Quem falou que não pode?

Você já percebeu como nossa sociedade trata de forma diferente homens e mulheres?
O bebê mal acaba de nascer e já começa a maior pressão para ser de um jeito ou de outro. Por exemplo, quando nasce um menino já na porta do quarto da maternidade se pendura uma chuteira ; se for menina, geralmente, se coloca anjinhos ou ursinhos meiguinhos.
Quando cresce, o menino tem que ser brigão, não levar desaforo para casa, brincar de carrinho etc. A menina já tem todos os olhos sobre ela pressionando para que ela seja delicada, gentil, que não sente de perna aberta e a maioria dos presentes que ela ganha são bonecas, bichinhos de pelúcia e panelinhas.
E quando um menino bem pequenininho resolve brincar de boneca? É o maior auê ... Os pais ficam desesperados, o professor ou a professora já olha para o garoto com desconfiança, os/as amiguinhos/as caem matando.
E se uma menina dá uma surra em um menino ou resolve ser jogadora de futebol? Já começam a falar que ela é sapatão e que onde é que já se viu uma mulher querer ser igual a um homem?
Acontece que um dia, essas crianças crescem e aí começa a dar a maior crise.
A mulher vai trabalhar e exigem que ela seja ousada, que saiba impor as suas idéias, que saiba negociar etc. Só que a vida inteira ela aprendeu que isso era coisa de homem e que era muito feio mulher ficar discutindo.
E o homem que sempre aprendeu a ser durão e a não chorar, quando perde o emprego ou não consegue uma promoção, entra em desespero. E se no meio de uma transa ele não consegue uma ereção? O mundo vem abaixo e uma coisa que acontece com todo mundo vira um dramalhão mexicano. Também, pudera, como é que poderia ser diferente? Os homens sempre aprenderam que não podiam falhar nunca! ...
A conclusão é que essas características vêm sendo há séculos aprendidas, isto é, as pessoas que nascem com um determinado sexo vão sendo treinadas ao longo da vida para agir de uma forma ou de outra, de acordo com o que a sociedade espera delas. Assim, desde o nascimento, comportamentos esperados e aprovados para as mulheres começam a ser diferenciados dos que são esperados e aprovados para os homens através da cultura, da família, da escola, dos meios de comunicação, do trabalho, da igreja, etc.
Agora, já que essas diferenças não são biológicas, portanto imutáveis, elas poderão mudar, certo?
Por esta razão, os/as estudiosos/as chegaram a conclusão que em vez de falar de diferenças entre os sexos - que seriam os genitais -, era melhor falar em diferenças entre os gêneros - que diz respeito a essas diferenças culturais.
Bom, e daí?
Daí, qual é o problema se uma mulher for briguenta, gostar de futebol e quiser ser presidente da república? O mesmo serve para aquele cara que gosta de usar camisa cor de rosa, que é super educado, que gosta de ouvir música clássica e detesta futebol? Nenhum!!!!
Se acreditássemos que todas as pessoas tem o direito de ser como querem e se todo mundo respeitasse o jeito de ser de cada um, será que a humanidade não se entenderia melhor e seria bem mais feliz do que agora?
Pense nisso!


Autor: Comunicação em Sexualidade - ECOS

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